Tratamento da disfunção ventricular esquerda assintomática
On Outubro 9, 2021 by adminPacientes com anormalidades da função sistólica ou diastólica do ventrículo esquerdo (VE) podem não apresentar sintomas, especialmente nos estágios iniciais. Esses pacientes não são incomuns na comunidade e a prevalência dessa condição aumenta na presença de fatores de risco como diabetes, hipertensão arterial e doença arterial coronariana. Pacientes com disfunção assintomática do VE têm um risco significativamente aumentado de insuficiência cardíaca e mortalidade ostensivas. Portanto, é de primordial importância identificar e tratar esses pacientes para prevenir a progressão da doença. O ecocardiograma é uma excelente ferramenta para caracterizar as propriedades sistólicas e diastólicas do ventrículo esquerdo. Entretanto, seu custo e a falta de disponibilidade generalizada têm limitado sua utilidade na triagem da população em geral. A avaliação clínica cuidadosa aliada à eletrocardiografia e avaliação do nível de peptídeo natriurético pode identificar pacientes de maior risco que devem ser encaminhados para avaliação detalhada da função do VE. O objetivo da terapia é interromper e até mesmo reverter a remodelação do VE. O bloqueio neuro-hormonal, agora a pedra fundamental da terapia da insuficiência cardíaca, tem demonstrado ter efeitos salutares em pacientes com disfunção sistólica assintomática do VE, tanto na reversão do remodelamento quanto na redução dos desfechos clínicos adversos. Exceto pelo controle dos fatores de risco, não há evidências para defender qualquer terapia específica para pacientes assintomáticos com disfunção diastólica do VE.
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