The Red Queen
On Outubro 25, 2021 by adminMuitas pessoas dizem que a nossa cultura é obcecada pelo sexo, e usa referências sexuais para vender tudo, desde fragrâncias a carros. E a vida não seria monótona sem ela? No entanto do ponto de vista da teoria evolutiva, o sexo não é a forma mais eficiente de reprodução. Na verdade, os cientistas têm perguntado há décadas, porque é que a reprodução sexual existe?
Se o objectivo da vida é espalhar os seus genes por todo o lado, os organismos que se reproduzem assexuadamente parecem ter a vantagem. Eles não têm que investir tempo e energia para encontrar um companheiro. Os indivíduos assexuais podem passar os seus genes duas vezes mais rápido do que aqueles que se reproduzem sexualmente, porque passam todos os seus genes – e apenas os seus genes. Quando a reprodução é sexual, metade dos genes entregues à geração seguinte são os do outro progenitor. A descendência pode perder alguns dos traços genéticos que fizeram cada progenitor ter sucesso.
Existem muitas hipóteses mas, até recentemente, poucas provas concretas sobre as vantagens do sexo. Elas derivam da noção de que a variação genética criada na reprodução sexual vale o custo. E pelo menos em alguns ambientes, essa variação deve dar uma vantagem competitiva sobre os organismos assexuais que podem espalhar seus genes de forma eficiente, mas variar pouco de uma geração para outra.
Uma explicação é a cada vez mais popular hipótese da Rainha Vermelha, referindo-se à peça de xadrez huffy em Lewis Carroll’s Through the Looking Glass. No Looking Glass Land, a Rainha diz à Alice: “É preciso correr tudo o que se pode fazer, para se manter no mesmo lugar”. Segundo a hipótese da Rainha Vermelha, a reprodução sexual persiste porque permite que muitas espécies desenvolvam rapidamente novas defesas genéticas contra os parasitas que tentam viver à custa delas.
Os cientistas da Rutgers University em Nova Jersey testaram esta ideia observando diferentes grupos de pequenos peixes chamados topminnow no México. Algumas populações do topminnow reproduzem-se sexualmente, enquanto outras se reproduzem assexuadamente, pelo que proporcionam a oportunidade perfeita para testar estas ideias. O topminnow está sob constante ataque de um parasita, um verme que causa algo chamado doença do ponto negro.
Os investigadores descobriram que populações idênticas (“clones”) dos topminnows que se reproduzem assexuadamente abrigavam muito mais vermes do que aqueles que produzem sexualmente, uma descoberta que se enquadra na hipótese da Rainha Vermelha: Os topminnows sexuais poderiam inventar novas defesas mais rapidamente através da recombinação do que os clones que produzem assexualmente.
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