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Pardo

On Janeiro 23, 2022 by admin
Para outros usos, veja Pardo (desambiguação).
Outras informações: Mulato, Casta, e Raça e etnia na América Latina

Pardo (parda feminina) é um termo usado nas antigas colônias portuguesas e espanholas nas Américas para se referir aos descendentes triraciais de europeus, ameríndios e africanos ocidentais. Em alguns lugares eles foram definidos como não exclusivamente mestiços (descendentes de Ameríndios-Europeus), nem mulatos (descendentes de Africanos Ocidentais Europeus), nem zambo (descendentes de Ameríndios Africanos Ocidentais). No México colonial, o pardo “tornou-se praticamente sinónimo de mulato, perdendo assim muito do seu referencial indígena”. No século XVIII, o pardo poderia ter sido o rótulo preferido para a negritude. Ao contrário do negro, o pardo não tinha nenhuma associação com a escravidão. Quadros Casta do México do século XVIII usam o rótulo negro nunca pardo para identificar africanos pareados com espanhóis.

Um soldado pardo brasileiro, século XVIII

No Brasil, a palavra pardo tem tido um significado geral, desde o início da colonização. Na famosa carta de Pêro Vaz de Caminha, por exemplo, na qual o Brasil foi descrito pela primeira vez pelos portugueses, os ameríndios foram chamados de “pardo”: “Pardo, nu, sem roupa”. Desde então, a palavra tem sido usada para cobrir misturas africanas/europeias, misturas sul-asiáticas/europeias, misturas ameríndias/europeias/sul-asiáticas/africanas e os próprios ameríndios.

Por exemplo, Diogo de Vasconcelos, um historiador mineiro muito conhecido, menciona a história de Andresa de Castilhos. De acordo com relatos do século XVIII, Andresa de Castilhos foi descrito a seguir: “Declaro que Andresa de Castilhos, mulher parda … foi libertada … é descendente dos gentios nativos da terra … Declaro que Andresa de Castilhos é filha de um homem branco e de uma mulher (cristã) neófita (indígena)”.

A historiadora Maria Leônia Chaves de Resende diz que a palavra pardo foi usada para classificar pessoas com ascendência ameríndia parcial ou total. Um Manoel, filho natural de Ana carijó, foi batizado como ‘pardo’; em Campanha vários ameríndios foram classificados como ‘pardo’; o ameríndio João Ferreira, Joana Rodriges e Andreza Pedrosa, por exemplo, foram descritos como ‘pardo libertado’; um Damaso identifica como um ‘pardo libertado’ do ‘nativo da terra’; etc. Segundo Chaves de Resende, o crescimento da população pardo no Brasil inclui os descendentes de ameríndios e não apenas os de origem africana: “o crescimento do segmento ‘pardo’ teve a ver não só com os descendentes dos africanos, mas também com os descendentes dos ameríndios, em particular os carijós e bastardos, incluídos na condição de ‘pardo'”.

O historiador americano Muriel Nazzari em 2001 observou que a categoria “pardo” absorveu aquelas pessoas de descendência ameríndia nos registros de São Paulo: “Este trabalho procura demonstrar que, embora muitos índios e mestiços tenham migrado, aqueles que permaneceram em São Paulo passaram a ser classificados como pardos”

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