O que acontece quando objectivamos os homens (Dica: Deixamos de valorizar a vida)
On Novembro 7, 2021 by adminAs minhas crianças estavam a ver um programa da Disney Channel chamado Bunked no outro dia. Incluía tudo o que se esperava de um programa ambientado em um acampamento de verão e destinado a crianças de 8-12 anos: piadas pirosas, brincadeiras juvenis, uma lição de amizade, e a objetivação dos homens.
Espera, o quê? Qual foi essa última parte? Os meus olhos mal podiam acreditar. Será que as duas personagens femininas conspiraram para entornar chocolate quente na caravana masculina gira para ele tirar a camisa?
Pensei que talvez fosse só esse episódio. Mas no episódio seguinte, uma caravana feminina falou sobre o quão “quente” era esse mesmo caravana masculino e fez uma lista das partes mais bonitas do seu corpo.
Pergunto-me como seriam os protestos do movimento feminino se a Disney exibisse um programa onde dois rapazes conspiraram para deitar água numa rapariga com um tee branco?
É uma objectificação, simples e simples. E o problema é – embora ainda tenhamos um longo caminho a percorrer na nossa jornada de objectificação das mulheres – a nossa cultura encontra a objectificação dos homens perfeitamente aceitável.
Objectificação é algo que a maioria de nós faz, involuntariamente, mais do que se importa em admitir. Nós olhamos para os outros e os vemos como unidimensionais. Nós só notamos seus atributos físicos ou corporais – e esquecemos que Deus nos fez corpo, alma e espírito. Às vezes até podemos nos objetivar a nós mesmos. Nós nos preocupamos demais com nossa própria aparência física a ponto de acreditarmos que nosso valor vem da maneira como olhamos, sozinhos.
Marketing, mídia, e mensagens da cultura abundam que reforçam nossa tendência a objetivar. As mulheres nos anúncios de cerveja e pornografia são unidimensionais, o mesmo acontece com o homem no anúncio de roupa interior da Calvin Klein. Tudo o que sabemos delas são as formas de seus corpos.
Mas, como cristãos, devemos reconhecer e defender contra a objetivação de ambos os sexos. Por quê?
Porque quando as pessoas são objetos, torna-se mais aceitável abortar bebês com deficiências ou recusar assistência médica para aqueles que não podem “funcionar” como o resto de nós. Quando as pessoas são objetos, a vida já não é tão valiosa.
A Bíblia nos diz claramente que, embora nossos corpos sejam o templo de Cristo, eles não estão de onde vem o nosso valor. Em 1 Samuel, vemos que Davi foi escolhido para ser rei apesar de sua aparência inexpressiva. Em 1 Pedro 3, as mulheres são encorajadas a deixar sua beleza vir de seu espírito.
Isso não significa que a beleza seja ruim ou que a apreciação de alguém com um físico esteticamente agradável seja pecaminosa. A Bíblia não tem medo de apontar claramente quando alguém é belo. Sara, Raquel, Ester e até mesmo o rei Saul são descritos como fisicamente atraentes.
Mas, encontramos problemas quando acreditamos que o belo é mais valioso ou que o belo experimenta mais “vida” do que todos os outros. Estas são as mensagens da nossa cultura.
Este é também o subproduto sorrateiro da objetualização. As mentiras em torno da beleza são sutis, mas reais. Quanto mais as aceitamos, mais acreditamos nelas, mais desvalorizamos a vida como Deus a quis.
Jesus veio para que tenhamos vida, e a tenhamos em abundância (João 10:10). Mas a objetivação confunde nossos relacionamentos, nossa auto-imagem e a maneira como respeitamos a dignidade de outras pessoas que também são feitas à imagem de Deus. Como defensores da vida pró-abundante, oro para que possamos reconhecer a objetificação quando a vemos e ensinar aos nossos filhos (e lembrar a nós mesmos) que há mais numa pessoa do que aquilo que vemos no exterior.
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