Nas palavras dela: Casey Anthony fala à AP sobre a morte de Caylee
On Dezembro 10, 2021 by adminA seguinte história da Associated Press é de 8 de Março de 2017:
WEST PALM BEACH, Fla. (AP) – Casey Anthony – a mulher da Florida acusada, depois absolvida, de matar a sua filha de 2 anos – falou com a The Associated Press cinco vezes durante uma semana. Durante as entrevistas, ela falou sobre seu amor por sua filha, Caylee Marie, e mostrou fotos dela e obras de arte que ela pintou com os dedos. Anthony mantém sua inocência na morte e insiste que ela não sabe como se desenvolveram as últimas horas da vida de Caylee.
A IMPRENSA ASSOCIADA: “Você foi condenado por uma coisa.”
ANTHONY: “Mentir à polícia. As pessoas mentem aos polícias todos os dias. Os polícias mentem às pessoas todos os dias; eu sou apenas um dos infelizes idiotas que admitiram que mentiram. “
AP: “O mentiroso saiu do pânico?”
ANTHONY: “O meu pai era polícia, podes ler nisso o que quiseres.”
AP: “Ao tocar nos condenados por mentirem, há alguma coisa de que te arrependas? Preferes esclarecer a tua história desde o início? O que é que não manteve a história directa?”
ANTHONY: “Aqui está o problema. Mesmo que lhes tivesse contado tudo o que acabei por dizer ao psicólogo que me avaliou e aos dois psicólogos que me avaliaram ao longo de três anos – detesto dizer isto, mas acredito firmemente que ainda estaria no mesmo sítio. Porque os polícias acreditam nos outros polícias. Os polícias tendem a vitimizar as vítimas. Eu nunca tentei fazer-me uma vítima. Vejo porque fui tratado como era, mesmo se tivesse sido completamente verdadeiro.”
AP: “Sobre o que não era verdade?”
ANTHONY: “Foram coisas que eu não sabia na altura.”
AP: “Sobre como ela morreu?”
ANTHONY: “Eu não sabia na altura. Ainda nem tenho a certeza, pois estou aqui hoje, com a certeza do que aconteceu.”
AP: “Para tua compreensão, como é que ela morreu?”
ANTHONY: “Não sei.”
AP: “E que tal afogamento?”
ANTHONY: “Todos têm as suas teorias, não sei. Como estou aqui hoje, não vos posso dizer de uma maneira ou de outra. A última vez que vi a minha filha, acreditei que ela estava viva e que ia ficar bem, e foi isso que me disseram.”
AP: “Ela estava a ser babysat? Com os teus pais?”
ANTHONY: “Não, o meu pai disse-me que ela ia ficar bem. Que ela ia ficar bem.”
AP: “Então os teus pais tinham-na?”
ANTHONY: “O meu pai tinha. A minha mãe estava no trabalho.”
AP: “A próxima coisa que sabes é que ela está desaparecida? Como correu?”
ANTHONY: “Fiz o que me mandaram. Eu não me lembro muito do que aconteceu. Mais uma vez, houve várias avaliações psicológicas. Mesmo depois de tudo ter acontecido, mesmo meses, mesmo dentro de um ano, eu não tenho conhecimento pessoal dessas coisas, porque, e isso não é minha convicção, eu li as avaliações. Eu não estive presente durante o que quer que tenha acontecido. Se eu estivesse, algo teria aparecido. Haveria alguma recordação; haveria alguma memória. Eu estava a viver em casa com os meus pais. O que me lembro é que todos os dias tínhamos uma rotina, e quer fosse no dia em que eu estava trabalhando ou não, Caylee e eu nos levantamos e tomamos o café da manhã, nos despedimos da minha mãe, entre 7 e 7:30”
AP: “Dá-me a situação quando as coisas correram mal. De repente, é tipo, “Onde está a Caylee? Foi assim?”
ANTHONY: “Não. O que me lembro é de estar na cama, e a minha mãe chegar antes de ir trabalhar, e dizer-nos adeus. E depois acordar várias horas depois sem saber onde ela estava.”
AP: “Não queres saber o que aconteceu?”
ANTHONY: “Absolutamente. Absolutamente, todos os dias.”
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AP: “É só uma mancha em branco? Que diabo aconteceu?”
ANTHONY: “Nem é que seja algo que esteja fora de mim que se eu soubesse neste momento – se soubesse o que realmente aconteceu, seria capaz de preencher esses espaços em branco. Já fiz pesquisas suficientes, já fiz seminários de psicologia suficientes, já fui testado, já fui às avaliações psicológicas, já falei sobre isso a ponto de estar numa poça e não poder falar sobre isso por dias depois. Ela ainda é a parte central da minha vida, a parte central do meu ser, sempre será. Se eu for abençoada o suficiente para ter outro filho – se eu fosse burra o suficiente para trazer outra criança a este mundo sabendo que haveria um potencial que algum idiota, o seu filho ranhoso, diria algo mau ao meu filho – acho que não conseguiria viver com isso”
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