5 Maneiras de Silenciar a Vergonha
On Setembro 21, 2021 by admin>
A vergonha está entre as emoções humanas mais corrosivas, com o poder de nos convencer que aquela vozinha na nossa cabeça está certa afinal de contas – sabes, aquela que diz “Eu sabia que ias falhar”, “Nunca irás realmente pertencer” e “Quem te amaria?”
É um sentimento ao mesmo tempo excruciante e universal. Ricos ou pobres, com excesso de peso ou magros, bem sucedidos ou lutando, todos nós experimentamos vergonha de vez em quando, quer admitamos ou não (e normalmente não o fazemos). A vergonha pode nos fechar ou emergir de formas destrutivas para nós mesmos e para os outros. Tem estado ligada à dependência, violência, agressão, depressão, distúrbios alimentares e bullying, por isso é crucial que aprendamos formas de lidar com ela e de construir barreiras saudáveis contra ela.
Da próxima vez que a vergonha aparecer, considere estes passos:
1. Traga a vergonha para a luz.
A pesquisadora e autora de vergonha e vulnerabilidade Brené Brown, Ph.D., LMSW, descreve a vergonha como “o sentimento ou experiência intensamente dolorosa de acreditar que somos defeituosos e, portanto, indignos de amor e de pertencer”. Não é de admirar, então, que a última coisa que queremos fazer quando somos atingidos pela vergonha seja falar sobre isso. Se o fizermos, outros podem descobrir quão horríveis somos.
Mas essa não é a melhor abordagem. “Quanto menos falamos de vergonha, mais poder tem sobre nossas vidas”, explica a Dra. Brown em seu livro Daring Greatly. “Se cultivarmos consciência suficiente sobre a vergonha para nomeá-la e falar com ela, basicamente a cortamos de joelhos”
Thomas Scheff, professor emérito de sociologia da UC Santa Bárbara, concorda, escrevendo na revista Cultural Sociology que a vergonha é “a emoção mais obstruída e escondida, e portanto a mais destrutiva”. Emoções são como respirar – elas só causam problemas quando obstruídas”.
Encerrar a vergonha significa reconhecê-la e compartilhar nossas experiências com as pessoas de confiança em nossas vidas, aquelas que sabem que não somos perfeitos e nos amam de qualquer forma. Sua empatia nos permitirá manter nosso senso de vergonha em perspectiva, assim como nos ajudará a encontrar estratégias para lidar com isso. Essa filosofia também está sendo usada com sucesso no tratamento da dependência e da saúde mental, onde a educação baseada na vergonha pode ajudar os clientes a identificar, compreender e superar a vergonha que muitas vezes está subjacente aos seus problemas.
Ao reconhecer a vergonha, nós nos recusamos a deixá-la apodrecer ou a definir-nos. “Quando enterramos a história, ficamos para sempre o assunto da história”, escreve o Dr. Brown. “Se formos donos da história, podemos narrar o final.”
2. Desenrole o que está a sentir.
“Devia ter vergonha”, diz alguém (ou aquela voz na sua cabeça). Mas você deveria? Talvez o que você realmente deveria estar experimentando seja culpa. É uma distinção importante. Os pesquisadores definem-na desta forma: Vergonha significa “Eu sou mau”. Culpa significa “Eu fiz algo mau”.
Ser “mau” significa que você se vê como incapaz de mudar ou fazer melhor. O remorso e o arrependimento que pode vir com a culpa, por outro lado, pode nos motivar a fazer reparações ou seguir um novo caminho.
Também é possível que “humilhação” ou “constrangimento” seja um rótulo mais preciso. Nenhum desses sentimentos é confortável, mas eles não visam a nossa auto-estima da mesma forma que a vergonha. A humilhação pode parecer uma vergonha, mas vem com a sensação de que não foi merecida. Se você está pensando: “Não posso acreditar que meu chefe me vestiu na frente de todo o pessoal por ter perdido esse prazo”, isso é humilhação. Se estás a pensar: “Não acredito que falhei aquele prazo. Sou um perdedor”, é uma vergonha.
O BÁSICO
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O embaraço do nosso velho amigo pode passar num piscar de olhos, simplesmente porque percebemos que acontece a todos. Suas bochechas podem ficar carmesim quando você sente falta da cadeira e acabar no chão, mas você sabe que não é a primeira pessoa a quem isso aconteceu (e não será a última).
Então tome um tempo para analisar o que você está sentindo e compará-lo com o que você realmente deveria estar sentindo. Pode ajudá-lo a dar o primeiro passo para fora do buraco da vergonha e para um caminho mais construtivo.
3. Desvie o que você faz de quem você é.
Todos queremos que os outros admirem o que trazemos para a mesa, seja no trabalho, em casa, nas nossas comunidades, ou no mundo. Mas o que acontece se eles não gostarem da nossa contribuição? Se a nossa auto-estima está ligada ao que criamos ou oferecemos, a resposta é que podemos muito bem ser devastados por um sentimento de vergonha que pode nos levar a recuar ou chicotear: “Eu sou um idiota. Essa é a última vez que sugiro uma ideia numa reunião” ou “A minha ideia pode não ser boa, mas a tua é muito pior!” Mesmo que eles amem a nossa oferta, tornamo-nos então escravos do desejo de continuar a agradar.
De qualquer forma, se nos definirmos pelo que fazemos, colocamos o poder da nossa felicidade nas mãos dos outros.
Separar o que fazemos do nosso sentido de auto-estima traz um benefício importante. Quando toda a sua identidade não está em jogo, você se encontrará mais livre para criar, correr riscos e ser inovador. Sim, você pode ficar desapontado se o mundo não se aplaudir com aplausos, mas não será uma vergonha. Em vez disso, você pode olhar tanto os elogios quanto a condenação com a perspectiva que eles merecem, absorver qualquer crítica útil e seguir em frente.
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4. Reconheça seus gatilhos.
Um dos truques mais sorrateiros da vergonha é sua capacidade de nos atingir onde somos mais vulneráveis. Uma nova mãe que secretamente se sente fora da sua profundidade é mais susceptível de sentir vergonha quando o seu estilo parental é questionado. Um homem que se preocupa em não se avaliar como provedor pode ver o comentário do seu cônjuge sobre o novo carro do vizinho como uma tentativa de envergonhá-lo ao invés de uma observação inocente.
Em resumo, nossas inseguranças nos levam à vergonha por padrão. Ao estarmos conscientes de quais são os nossos desencadeadores de vergonha, podemos ajudar a cortar este processo no início. Sente vergonha de se assentar sobre você? Tente identificar o sentimento por trás disso antes que ele possa amplificar.
Na sua pesquisa, a Dra. Brown descobriu uma variedade de “categorias de vergonha”. O gatilho principal da vergonha para as mulheres continua a ser a aparência física. Para os homens, é o medo de serem vistos como fracos.
Acima de ceder a estes gatilhos, procure bani-los da sua vida. Abrace quem você é ao invés de lutar para cumprir uma noção externa de quem você deve ser. Suas vulnerabilidades irão diminuir e, com isso, o poder da vergonha sobre você.
5. Faça conexões.
A vergonha é, na sua essência, um medo de desconexão. Ao estender a mão à família e amigos, às nossas comunidades, à sociedade, ou à nossa ideia de um poder superior, podemos fazer conexões que nos permitem aprender a aceitar a nós mesmos e a outras pessoas também.
A pesquisadora Jessica Van Vliet descobriu que este é um passo fundamental para superar a vergonha. Em um artigo publicado na revista Psicologia e Psicoterapia: Teoria, Pesquisa e Prática, ela escreveu: “As pessoas começam a perceber que não são só elas. Outras pessoas fazem coisas tão más ou ainda piores às vezes, por isso não são a pior pessoa do planeta”. Elas começam a dizer para si mesmas: ‘Isto é humano; eu sou humana; os outros são humanos'”
Esse senso de conexão também aumenta nossa compaixão por nós mesmas, o que significa que é mais provável que lidemos com nossa vergonha sem recorrer a medidas como mascarar a dor com drogas ou álcool, ou chicotear aqueles ao nosso redor, ou ceder à mensagem da vergonha de que somos realmente maus.
Estar conectado também significa que podemos estar lá para os outros quando a necessidade surgir. Expressar simplesmente “eu sei como você se sente” pode fazer milagres para aqueles que estão na vergonha de uma dolorosa preensão.
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